quarta-feira, 29 de maio de 2013

‘GLOBO’ E TUCANOS EM ÊXTASE: A VISITA HOJE DO VICE-PRESIDENTE DOS EUA


“Está chegando ao Brasil hoje, quarta-feira (29), o vice-presidente dos Estados Unidos, . No Rio de Janeiro, tem programada uma visita à Petrobras para conversar sobre ‘assuntos energéticos’. Ele dirá também que os Estados Unidos estão interessados em se converter em ‘sócio estratégico’ do Brasil.


                                     Joe Biden

Por Mário Augusto Jakobskind, no “Brasil de Fato”

Depois das andanças pelo Rio de Janeiro, onde será recepcionado por Graça Foster, presidenta da Petrobras, Biden se reunirá com a presidenta Dilma Rousseff e, naturalmente, tentará convencê-la a, de uma vez por todas, fechar negócio para a aquisição de 36 aeronaves [F-18] da Boeing para a FAB.

Biden quer evitar que o governo brasileiro decida comprar os Raphales franceses, como parecia que iria acontecer ainda no governo de Luís Inácio Lula da Silva, mas cuja transação acabou sendo suspensa e a decisão da compra adiada para o governo Dilma Rousseff.

Na verdade, essa história dos EUA como “sócio estratégico”, bem como “conversações sobre assuntos energéticos”, não chega a ser um fato novo. Ao longo da história, o tema aparece na ordem do dia e, geralmente, as autoridades estadunidenses têm pressionado sucessivos governos brasileiros no sentido de aceitarem as propostas do “aliado”. Também, provavelmente, não será nada de novo no front midiático a cobertura da vinda do vice-presidente Joe Biden. Ou seja, leitores, telespectadores e ouvintes serão contemplados com deslumbramento e, para variar, subserviência.

E não será também nenhuma novidade o comportamento de jornais como “O Globo”, por exemplo, que no passado (e no presente) sempre defendeu interesses estadunidenses, mesmo sendo lesivos aos interesses nacionais.

Nesse sentido, vale até uma consulta ao livro, ainda não traduzido para o português, intitulado "The Americanization of Brazil", de autoria do historiador da CIA, Gerald Haymes.

No livro, Haymes revela que, em 1954, furiosos editoriais de “O Globo” contra o presidente Getúlio Vargas eram produzidos na Embaixada dos Estados Unidos, então localizada no Rio de Janeiro. A fúria dos estadunidenses se devia, sobretudo, à então recente criação da Petrobras, a mesma empresa que o Departamento de Estado na ocasião, com a ajuda de seus áulicos brasileiros, tentou evitar nascer.”

FONTE:
escrito por Mário Augusto Jakobskind, no “Brasil de Fato. O autor é correspondente no Brasil do semanário uruguaio “Brecha”. Foi colaborador do “Pasquim”, repórter da “Folha de S. Paulo” e editor internacional da “Tribuna da Imprensa”. Integra o Conselho Editorial do semanário “Brasil de Fato”. É autor, entre outros livros, de “América que não está na mídia”, “Dossiê Tim Lopes - Fantástico/Ibope”.  
(http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=214801&id_secao=9). [Título e imagens do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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