domingo, 18 de março de 2012

EMBRAER AINDA SE SURPREENDE COM OS EUA...

Super Tucano. Um negócio com a Força Aérea deveria “abrir portas” para a Embraer em outros lugares no Departamento de Defesa dos EUA e em outros países

[OBS deste blog ‘democracia&política’:

A EMBRAER AINDA SE SURPREENDE COM A CONHECIDA CARACTERÍSTICA DOS EUA DE, INJUSTIFICADA E REPENTINAMENTE, NÃO RESPEITAR COMPROMISSOS E CONTRATOS


Os EUA têm vários antecedentes pelo mundo de não cumprirem seus contratos, com súbitas e hipócritas falsas razões, geralmente a genérica de “segurança nacional”. Por exemplo, não entregaram por mais de 10 anos os F-16 que o Paquistão comprou e já havia pagado. De repente, deixaram de fornecer os indispensáveis suprimentos para os F-16 que a Venezuela comprou, imobilizando no chão, definitivamente, toda a frota. E muitos outros exemplos. Além disso, são fortes e abusivas as imposições políticas e as limitações norte-americanas para passagem de tecnologia que permita, ao menos, a autonomia do país comprador na operação e manutenção dos aviões lá adquiridos. A Embraer parece que pensou que os norte-americanos haviam mudado, mas agora “caiu a ficha”.


Vejamos a seguinte reportagem da revista “Exame”: “EMBRAER - DO ÊXTASE À AGONIA AO GANHAR E PERDER CONTRATO NOS EUA]:

Empresa sofre com a perda do contrato para fornecimento dos 20 jatos [turboélices] Super Tucano, em 28 de fevereiro

Por José Sergio Osse, na revista “Exame”

“O presidente da Embraer SA, Frederico Curado, não vai esquecer o dia em que soube que a fabricante de aviões tinha ganhado um contrato de US$ 355 milhões para fornecimento de aviões de ataque para a Força Aérea dos Estados Unidos depois de 14 meses de trabalho.

Ainda mais inesquecível foi o dia em que Curado viu na imprensa [!] que o país norte americano havia [repentina e injustificadamente] cancelado a compra.

Estamos tentando manter a sobriedade. Foi enorme frustração para nós, e um choque, francamente”, disse Curado em entrevista no dia 12 no escritório da Embraer em São Paulo. “Nós fomos lá. Nós ganhamos. E então isso foi tirado de nós.”

A perda do contrato para fornecimento dos 20 jatos [turboélices] Super Tucano, em 28 de fevereiro, anulou a alegria que veio quando a Embraer ganhou o negócio dois meses antes. Agora, Curado foi deixado apenas com a satisfação de saber que os aviões de guerra da companhia fundada em 1969 para começar a indústria de aviação no Brasil podem [eventualmente, de novo,] competir por um lugar na esquadra da força aérea mais poderosa do mundo.

Ser selecionado por uma organização como essa [USAF] é reconhecimento de qualidade, o que, em certa extensão nós já temos, porque fomos selecionados, tínhamos ganhado e iniciado o contrato.”

Um negócio com a Força Aérea dos EUA deveria “abrir portas” para a Embraer em outros lugares no Departamento de Defesa dos EUA e em outros países, disse Curado, de 50 anos, que se tornou presidente da companhia em 2007 e é o segundo a ocupar o cargo desde a privatização em 1994.

Seria um selo de credibilidade no exterior para nós e uma chance de desenvolver relacionamento com o Departamento de Defesa [dos EUA]”, disse Curado.

FONTE: reportagem de José Sergio Osse, na revista “Exame”  (http://www.defesanet.com.br/aviacao/noticia/5181/Embraer--do-extase-a-agonia-ao-ganhar-e-perder-contrato-nos-EUA) [Título, subtítulo e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’]

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