segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Legado de Serra: OPOSIÇÃO É A MENOR DA HISTÓRIA


Do portal “Conversa Afiada”:

“Saiu na ‘Folha’ (*):

GOVERNO DILMA ENFRENTA A MENOR OPOSIÇÃO DESDE 1988

Partidos que não apoiam petista só controlam 17,5% da Câmara dos Deputados. PSD, que esvaziou o DEM, atua como aliado em votações mesmo sem fazer parte da coalizão governista.

Por Silvio Navarro e Uirá Machado, da “Folha”

A presidente Dilma Rousseff (PT) chega ao final de seu primeiro ano no poder com a menor oposição na Câmara desde a Constituição de 1988.

Os quatro partidos que hoje se opõem sistematicamente ao governo -PSDB, DEM, PPS e PSOL- somam hoje 91 cadeiras, o equivalente a 17,5% da Casa. O percentual representa quase a metade da oposição que Lula enfrentou após sua reeleição (30,5%).

Herdeira da coalizão formada por Lula, Dilma se beneficiou da popularidade do ex-presidente, que ajudou a eleger um grande número de deputados federais aliados.

Em 2010, PSDB, DEM e PPS elegeram juntos 109 deputados. Quatro anos antes, quando Lula foi reeleito, foram 153. O PSOL teve três deputados em ambos os períodos.

O cenário se repete no Senado, onde Lula teve dificuldades. Foi lá que o governo perdeu a votação que extinguiu a CPMF, deixando de arrecadar R$ 40 bilhões ao ano.

Durante a campanha de Dilma, o ex-presidente enfatizou a importância de aumentar a maioria no Senado.

A estratégia deu certo. Hoje, os quatro partidos oposicionistas têm 17 senadores, número que era 50% maior no segundo governo Lula.

DESIDRATAÇÃO

Para piorar a vida da oposição, a criação do PSD neste ano desidratou o DEM. Em fevereiro, o partido somava 43 deputados. Hoje tem 27.

Segundo o Banco de Dados Legislativos do CEBRAP, um centro de estudos, o PSD, embora não faça parte da coalizão de Dilma, atua na Câmara como seu aliado e sempre vota a favor do governo.

O partido chefiado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pode entrar no governo na reforma ministerial prevista para janeiro.

Dilma conta ainda com o apoio de outras legendas independentes, como o PTB e o PR, que deixou formalmente a coalizão, mas continua votando a favor do governo.

Isso é comum, sobretudo em regimes parlamentaristas. No Brasil pós-Lula, os independentes às vezes nem estão do mesmo lado na escala ideológica, mas votam com o governo”, afirma o cientista político Fabiano Santos, da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Deu nisso a elite tucana de São Paulo dominar a Oposicão.

Como diz o Oráculo de Delfos, “São Paulo não pensa o Brasil”.

Quando “Cerra” empunhou a espada às margens do Ipiranga e bradou “a luta continua”, ao perder a Presidência pela segunda vez, ele, de novo, amarrou a Oposição à elite branca – e separatista – de São Paulo.

Quando o Amaury Ribeiro Junior disse no Sindicato dos Bancários que o livro dele é um grito contra a elite tucana de São Paulo, ele refletia esse sentimento silencioso (ainda) do eleitorado que fez encolher a representação dessa elite.

Uma das vítimas desse predomínio da elite branca – não há um negro nos eventos dos tucanos de São Paulo, nem daqueles que adoram o Ali Kamel – e o Aécio Never.

O PiG (**) e os tucanos de São Paulo trancaram Aécio em Minas.

É verdade que o Aécio até hoje não fez por merecer sair de trás dos morros de Minas. Mas, se fizesse, o PiG (**) – ou seja, a elite tucana de São Paulo – não deixaria.

“Cerra” já tem seu lugar na História.

Ele é o Jim Jones da Oposição.”

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim no seu portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/12/25/o-legado-de-cerra-oposicao-e-a-menor-da-historia/).

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