quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DEMOTUCANOS NO DIVÃ: EUA AMPLIAM INTERVENÇÃO ESTATAL NO SETOR PETROLÍFERO


“Depois dessa notícia, já tem demotucano, inclusive jornalistas como Miram Leitão, Sardenberg, Jabor e assemelhados, procurando psicoterapia para se tratar, não de TOC, mas de "TOCONEP" ("Transtorno obsessivo compulsivo pelo neoliberalismo privatista")... Deixando a piada de lado, vamos à notícia de fato:

Depois do derramamento de 4,9 milhões de barris no Golfo do México com a explosão de uma plataforma da British Petroleum, as autoridades estadunidenses criaram uma comissão responsável por apontar as causas e propor sugestões para evitar novos desastres.

CORRUPÇÃO NO GOVERNO DOS EUA PELAS PETROLEIRAS PRIVADAS IGUAL NO PERÍODO NEOLIBERAL DE FHC

O resultando deste trabalho levou a conclusões assustadoras. Descobriram o elevado grau de corrupção no interior do ‘Mineral Management’ (agência encarregada de regular o setor petrolífero).

Martin Durbin, vice presidente da API (‘Americam Petroleum Institute’), principal lobby petrolífero dos EUA, reconheceu esse problema afirmando que "As relações entre o ‘Mineral Managament’ e a indústria petrolífera tornaram-se bastante acolhedoras". Tem mais: Nos Estados Unidos 3 em 4 lobistas da indústria do petróleo trabalharam no governo federal, apurou uma reportagem do ‘Washington Post’.

O discurso ideológico e fundamentalista liberal tornou-se o responsável por essa degeneração administrativa ao propor o afastamento do Estado de suas atividades regulamentadoras, legitimando ações de negligência da segurança em nome do maior lucro possível. O relatório da comissão oficial de investigação confirma essas afirmativas.

O ESTADO MÍNIMO MORREU

A crença ideológica no mercado autorregulado promovendo a concorrência sem interferência estatal, conduzindo ao paraíso do consumo, mostrou-se falsa. O governo dos EUA encontrava-se diante de quadro ameaçador para sua economia, considerando-se a segurança energética somada aos problemas decorrentes da catástrofe ambiental presente e futura.

E qual foi a solução? Segurem a Miriam Leitão, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, FHC e José Serra para eles não desmaiarem: A solução foi ampliar a intervenção do Estado.

Os Estados Unidos reformularam todo processo de pesquisa, autorização e exploração ‘offshore’, reduzindo o poder decisório das empresas a partir da criação de duas novas agências para o setor petrolífero.

Imaginem essas modificações ocorrendo em qualquer país produtor da América Latina, como Venezuela ou Equador. O apelo seria o de sempre: "Marines neles!"

Vejamos as novidades do processo de intervenção governamental nos EUA. O novo ‘Ocean Energy Management’ (BOEM) vai analisar a viabilidade econômica das novas autorizações, aprovar ou negar permissão para pesquisa, administrar o plano de execução, promover estudos ambientais. Outra agência criada foi o ‘Comitê de Segurança Ambiental’ responsável por fiscalizar todas as operações de campo, e assumirá os programas de controle de vazamento de óleo. Foi também estabelecido um ‘Conselho Cientifico’ de caráter consultivo constituído por 13 membros representando o governo, setor petrolífero, universidades e institutos de pesquisa para assessorar diretamente o Secretário do Interior na elaboração de novas políticas de segurança e exploração.

Nos Estados Unidos , os oligopólios do petróleo cresceram graças ao apoio estatal efetivado na forma de incentivos fiscais e de apoio militar para [a tomada] e controle de áreas produtivas de outros países. Lá não existe uma estatal do petróleo; entretanto, as indústrias petrolíferas não atuam objetivando a exportação de óleo bruto, devendo, em primeiro lugar, garantir o abastecimento interno.”

FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula”, com informações do jornal russo “Pravda” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/01/demo-tucanos-no-diva-eua-amplia.html) [imagem do Google adicionada por este blog].

Um comentário:

MARCELO ROMEIRO disse...

No setor petrolífero brasileiro não existe competição, como nos EUA, por isso, temos o preço da gasolina tão alto, sem falar nos altos salários dos estatistas que controlam a petrobras. Quanto ao neoliberalismo "intervenção mínima estatal"; o governo é também uma empresa, um banco, isto é, faz pagamentos e obtem recebimentos: juros de empréstimos e tributos. Assim, concentra renda apenas para um pequeno grupo de partidários e deixa a maioria do povo de fora. O governo recebe tributos do nada e aumenta a concetração de renda do país.