sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O INVENTÁRIO DO REGIME MILITAR

Li 4ª feira no blog do jornalista Luis Nassif o seguinte texto de Andre Araujo:

“Prezado Ernesto : Andreazza tinha essa fama. Quando morreu não havia dinheiro para o enterro. Passou-se uma lista aonde 14 amigos contribuiram para pagar o caixão e o velório. Não deixou absolutamente nada.

Eu trabalhava em 1964 no Banco do Estado da Guanabara, no Governo Lacerda. Conheci muitos militares. Nenhum, absolutamete nenhum, que eu conheci ficou rico. . Os filhos do Presidente Medici até hoje são pessoas extremamente modestas, que precisam trabalhar para viver dignamente, não tem fortuna alguma.

As megaobras da época foram superfaturadas? Não tenho como conferir mas quem ganhou então? Me dê nomes.

Mas hoje em larga escala usufruimos da energia eletrica gerada por usinas construidas naquela época. A grande base industrial na siderurgia, no aluminio, no papel, na Petrobrás, na Vale, veio do periodo 64-85..

Quando se faz um balanço histórico de uma época é precisa registrar todos os fatos. A era de Stalin (24-53), 29 anos de ditadura, produziu mais vitimas do que o nazismo mas construi tambem uma sólida base industrial e de infra estrturua na URSS. É preciso registrar o massacre de 20 milhões e tambem os Planos Quinquenais que construiram a URSS. História é isso.

POR CARLOS ANDREAZZA

Prezados,

Chamo-me Carlos Andreazza e sou [com orgulho] neto do ministro Mario Andreazza.

Serei breve.

Sempre ouvi barbaridades a respeito de meu meu avô, geralmente relacionadas às grandes obras públicas que realizou. Como repudio qualquer forma de censura, recebo de maneira saudável as críticas contra a Ponte Rio-Niterói e a Transamazônica, por exemplo.

Tudo bem. É do jogo. (De minha parte, acho ambas muito importantes, inclusive a segunda; mas isso não interessa agora).

Quero apenas registrar nesta casa democrática que, em minha família, todos [sem exceção], minha mãe sobretudo, trabalham muito para sobreviver - e que nunca vimos a cor desta fortuna que os covardes atribuem a Mario Andreazza.

Minha avó, ainda viva, mora em Ipanema, no Rio, num bom apartamento de classe-média, e depende da aposentadoria [militar] de meu avô para honrar as contas.

Peço perdão por me alongar e agradeço o espaço.”

Nenhum comentário: