quinta-feira, 23 de outubro de 2008

FHC SALVOU O CAPITALISMO

O jornalista Paulo Henrique Amorim, mestre da ironia fina, escreveu esta semana no seu blog “Conversa Afiada”:

“O Presidente Fernando Henrique Cardoso, o Farol de Alexandria, aquele que iluminava a Antiguidade, agora salvou o Capitalismo.

Como já mostrou o Conversa Afiada, foi ele quem descobriu a Lei da Gravidade e fundou a Geometria Euclidiana.

Agora, o Farol salvou o Capitalismo.

Ele diz e o PiG [Partido da Imprensa Golpista] repete incansavelmente – e seus epígonos, como Gustavo Franco – que o “pacote Brown”, o que salvou o Capitalismo a ponto de os Estados Unidos o imitarem, nada mais é do que uma cópia do Proer.

O Farol se esquece de dois pequenos detalhes.

Em democracias, como na Inglaterra, na Alemanha, na França, nos Estados Unidos, o Proer seria impossível.

Sabe por quê, caro leitor ?

Porque o “pacote Brown” pressupõe duas coisas:

1) o contribuinte que botar dinheiro nos bancos – através do Tesouro - vai receber o dinheiro de volta, se os bancos se recuperarem.

2) com a compra de ações preferenciais pelo Tesouro, quando os bancos voltarem a dar dinheiro, as ações sobem e o Erário (o contribuinte) embolsa a grana.

Quer dizer, o contribuinte põe e tira.

Aqui, no Proer, o contribuinte pôs e não tirou.

Segundo, a vigilância externa.

No “pacote Brown”, há organismos fora do sistema do Executivo – fora do Ministério da Fazenda, da Receita ou do Banco Central – para vigiar os bancos e acompanhar a utilização dos recursos injetados.

E o Proer ?

O contribuinte viu a cor do dinheiro?

E o contribuinte acompanhou o que os bancos beneficiados pelo Proer fizeram?

O Proer do Farol só foi possível na “ditadura do pensamento único”.

A ditadura do neoliberalismno do Presidente Fernando Henrique, apoiada invariavelmente pelo PiG.

Houve um momento na privatização que, num grampo, o “Bomba Atômica”, ou melhor, o Fernando Henrique dizia assim: os jornais estão apoiando ATÉ DEMAIS, não ?

“Até demais”.

Pois é, caro leitor, aqui, o controle externo ao Proer foi feito pelo PiG – até demais...”

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