segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O ACIDENTE DA TAM EM CONGONHAS

O Correio Braziliense de ontem publicou a seguinte reportagem da Agência Brasil:

LAUDO DO INSTITUTO DE CRIMINALÍSTICA SOBRE ACIDENTE DA TAM JÁ FOI CONCLUÍDO

O laudo do Instituto Nacional de Criminalística sobre o acidente com o vôo JJ3054 da TAM já foi concluído e o delegado responsável pelo inquérito policial, em andamento em São Paulo, promete apresentar suas conclusões ao Ministério Público Federal na capital paulista no próximo mês.

Ao participar neste sábado (27/09) do encontro de parentes e amigos das vítimas da tragédia, que ocorre em Porto Alegre (RS), o delegado Antônio Carlos Barbosa prometeu concluir seu relatório durante os dias de férias que pretende tirar a partir do início do próximo mês. As informações foram repassadas à Agência Brasil pelo jornalista Roberto Gomes, irmão de uma das vítimas do acidente.

Segundo Gomes, assessor de imprensa voluntário da Associação dos Familiares das Vítimas do Vôo JJ 3054, o delegado reafirmou aos parentes das vítimas que embora possam não ter sido as principais causas do acidente, as condições da pista do Aeroporto de Congonhas e o descumprimento de normas de segurança, como a que proibia que aviões com problemas no reverso pousassem em Congonhas em dias de chuva, contribuíram para que o Airbus A320 não conseguisse parar, atravessando toda a pista e indo se chocar com o prédio onde funcionava o terminal de cargas da própria TAM.

Ainda de acordo com Gomes, o delegado confirmou informação divulgada pela revista IstoÉ deste fim de semana. A publicação diz que teve acesso a relatório confidencial em que técnicos do Instituto de Criminalística concluem que, depois de o piloto tentar pousar a aeronave, o sistema automático de frenagem do avião teria respondido de forma “inesperada”, conseqüência da não-abertura dos freios aerodinâmicos (spoilers) durante o pouso.

Gomes, no entanto, afirmou que, a partir das informações registradas pelo computador de bordo do avião, o delegado sugeriu que os spoilers teriam deixado de abrir devido ao posicionamento assimétrico das manetes.

Pelo registro do computador, no instante do pouso uma das manetes estava em posição de acelerar (climbing) e a outra em ponto morto (idle). Dessa forma, houve uma descompensação que impulsionou o avião para o lado esquerdo da pista. “A pergunta é até que ponto esse registro está correto e até que ponto pode ter havido uma interpretação equivocada por parte do computador?”, questionou Gomes.

Na última reunião dos parentes das vítimas, realizada no mês passado em Brasília, o perito do Instituto de Criminalística Antônio Nogueira afirmou que não era possível dizer que as manetes das aeronaves estivessem na posição errada no momento do pouso. “Com o que sobrou do mecanismo das manetes, não dá para determinar a posição delas. Pela interpretação da caixa-preta, a única coisa que dá para determinar é que uma [manete] ficou em climb e outra acionou para máximo reverso”. Na ocasião, o perito disse preferir não fazer suposição sobre se houve ou não falha do piloto”.

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