sábado, 28 de junho de 2008

OS 20 MILHÕES DE “NEOPOBRES” INCOMODAM A “ELITE”

O GOVERNO GASTA MUITO COM O SOCIAL

REAÇÃO DA IMPRENSA AO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

A revista Carta Capital desta semana que finda, na seção “Diálogos”, em texto de Mauricio Dias, comenta o fato de, no governo Lula, 20 milhões de brasileiros terem deixado de ser miseráveis para serem pobres, os “novos pobres”, e como isso incomoda a elite direitista.

A MÍDIA É SEMPRE A MESMA

“Há uma forte reação da imprensa ao programa Bolsa Família, a grande ponte armada pelo governo, por onde passaram, “nos últimos dois anos apenas”, cerca de 20 milhões de pessoas que “entraram na faixa de renda média que, atualmente, compreende 46% dos quase 190 milhões de brasileiros”. As expressões entre aspas são do jornal Financial Times, na edição de 6 de junho.

Lula deu um flagrante nessa reação conservadora. Tão logo surgiram os primeiros acordes da campanha, o presidente chamou o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, para uma missão.

“Você precisa conversar com o pessoal da imprensa e explicar o programa”, recomendou Lula.

Após a peregrinação, Patrus voltou ao Planalto.

“E aí, como foi?”, perguntou Lula.

O ministro deu a resposta: “Presidente, todos eles, com palavras diferentes, disseram a mesma coisa: o governo está gastando muito com o social”.

A história foi contada pelo ministro Luiz Dulci para uma platéia de, aproximadamente, 300 pessoas, na Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro. Ele não citou ninguém. Fez uma referência forte, mas genérica, aos “Barões da Mídia” e, especificamente, “ao maior conglomerado jornalístico do País”.

(...) O dinheiro do programa Bolsa Família, contra o qual reagem, já provocou uma pequena aproximação entre o topo e a base da pirâmide social. O reflexo é a redução de 7% na desigualdade de renda no País entre 2003 e 2007. Milhões de pessoas deixaram a vida miserável, sem nada, e migraram para o contingente dos que têm alguma coisa.

Quem sai da miséria festeja a pobreza. É o que fazem os “novos pobres” do Brasil.”

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